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terça-feira, 21 de junho de 2011

Vou ter saudades tuas



Ainda estou contigo
E já sinto saudades
Deste momento impossível de descrever
Como se já estivesse
Apenas a reviver
O que ainda acontece
E não vivesse
Como se o facto de saber
Que vamos cada qual para seu lado
Me dissesse
Que este momento ainda é futuro
E já é passado
Ainda é amor/desejo de te amar
E já é o fim anunciado
Ainda estou contigo
E já estamos noutro lado.



sábado, 11 de junho de 2011

Estrelas da minha noite



Olhos de água pura
estrelas da minha noite
onde estais
últimas flores de abril
sentinelas do meu coração
janelas abertas
do meu desejo
de pegar
na tua mão.


domingo, 5 de junho de 2011

Bendito o teu olhar

Bendito o teu olhar
Que fulge
Sobre tudo o que há escrito
Tens um ar
Bendito
Atrevo-me a pensar
Volupto
Mas não o tenho dito
Porque me tremem
Os lábios
Quando te fito
Não posso dizer
Simplesmente
Vem
É o que sinto
O mundo não está preparado
Para a felicidade
Continuarei a pensar
Em marcar um encontro contigo
À entrada do paraíso.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Poema por dizer



Onde houver poema
por dizer
eu vou
cantar
quanto precisamos de perder
até ganhar
sobre as vagas
memórias
do nosso mar navegam
muitas histórias
por contar
quanto precisamos de viver
até parar
a paixão que faz acontecer
e faz sonhar
de quantas partidas
sem regresso
é a saudade
quanto precisamos
de sucesso
p’ra felicidade.



sábado, 14 de maio de 2011

É por seres como és



é por seres como és
que te sinto
imensidão
deserto
instinto
tão perto
de um labirinto
aberto
tão certo
que acredito
nos teus olhos
de um escuro infinito.

sábado, 7 de maio de 2011

Amo



Amo o que aprendo 
a sentir
sem medo
da noite
cair
do meu ser
para a madrugada
antes de ser

saudade
depois de ser

sonho
de verdade
não existe nas coisas
mas gostava que existisse
íntima
como o teu ventre
florisse.

sábado, 16 de abril de 2011

Sonhei



Sonhei com jardins proibídos
E o perfume do paraíso

Eras tu

Sonhei que a vida era bela
E  eternas as fontes dos sentidos
A cantarem
Nos nossos lábios
De sede
Se beijarem
Sábios
Se calarem

Que éramos mais
Que um episódio da vida
Das personagens
De nós
Mais que o eco
A voz.

Carlos Ricardo Soares 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rotina


Já era tarde quando cedi 
E joguei
Ao faz de conta da vida
Que conta
Como conta um jogo
Um torneio

Um campeonato
Mas os jogos aprendem-se 

A jogar
E quem joga melhor
Tem mais hipóteses
De ganhar
Jogar para perder
Não pode durar muito
E quem muito perde
Fica mais indefeso para
Deixar-se enganar.