Christine Lagarde nem precisava de se interrogar de um ponto de vista ético e social, bastava que se interrogasse de um ponto de vista económico e financeiro, para não cair em armadilhas de palavras.
Quem não aprendeu ou já esqueceu de ser precavido com as palavras, em cargos de responsabilidade como o dela, representa um grande perigo em matéria de ambiente ideológico, que anda mais poluído do que o outro.
O mais preocupante é que ela não caiu em nenhuma armadilha de palavras, ela armadilhou as palavras.
Quando era suposto que ela tivesse ideias, valores, humanidade, visão, encontrou/usou um expediente à Trump, para fazer parecer, em deploráveis segundos, que as ideias e os valores são mais fáceis de matar do que os velhos como se, para matar aqueles, bastassem algumas palavras na boca certa.