Que dizes
Em que língua
Com que léxico
Sabe-lo tu?
Nem eu
Será a língua dos ventos uivantes
Ou o léxico dos cavaleiros inebriados?
Parece mais lume do que água
A despenhar-se sem asas
Sem o azul das aves
Que se elevam como cinzas
Para o cume da mágoa
Que é ser assim
Ouço-te onde estiveres
Até onde estiver o significado
Do teu riso
De uma desordem que acontece
E não almejas
Nem tudo se constrói com palavras
Nem com o que desejas
Mas a destruição é uma constante
Quando olhamos para o que fizemos
Com amor ou ódio
E vemos que não resulta à letra
Que o amor ou ódio não estão lá
Vemos manifestações de ignorância
De um poder de tijolos falsos
A destruição é manifestação de poder
E a resposta é mais destruição
Desse poder.