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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Com ódio por amor ou com amor por ódio

Que dizes

Em que língua

Com que léxico

Sabe-lo tu?

Nem eu

Será a língua dos ventos uivantes

Ou o léxico dos cavaleiros inebriados?

Parece mais lume do que água

A despenhar-se sem asas

Sem o azul das aves

Que se elevam como cinzas

Para o cume da mágoa

Que é ser assim

Ouço-te onde estiveres

Até onde estiver o significado

Do teu riso

De uma desordem que acontece

E não almejas

Nem tudo se constrói com palavras

Nem com o que desejas

Mas a destruição é uma constante

Quando olhamos para o que fizemos

Com amor ou ódio

E vemos que não resulta à letra

Que o amor ou ódio não estão lá

Vemos manifestações de ignorância

De um poder de tijolos falsos

A destruição é manifestação de poder

E a resposta é mais destruição

Desse poder.