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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Há pausas e momentos

Há pausas e momentos
Que te sinto
Tão perto que te abraço
E tu não estás
E ainda assim
Imagino como é doce
O sorriso
E os beijos
Que és capaz

Há pausas e momentos
Que te sinto
Tão longe mas tão certo
Que virás
Que canto e danço
E brinco
Como imagino
Que serás

Há pausas e momentos
Que me sabem
À mínima distância
Entre nós
Ir além de ti
O que separa
Nem tempo tem
Para o conseguir

Há pausas e momentos
Que me sabes
Mais quente
Que a promessa
Que farás
Mais presente de futuro
Se a razão do tempo
Tanto faz

Há pausas e momentos
Cruciais
Causa(dores) do universo
Em expansão
De tão plenos
Da falta que me fazes
Senão de ser humana
Esta paixão

Há pausas e momentos
Tão profundos
Fechados em abismos
Tão carnais
Que a alma
Em ânsias de refúgio
Ecoa juramentos
Imorais

Há pausas e momentos
Que contemplo
À sombra das aves
Que passarem
Sem eco
A solidão
Dos sonhos
Me abandonarem

Há pausas e momentos
De dizer
Os movimentos de asas
E de mar
O sono da ave
Rente às ondas
Que não chega
A despertar

Há pausas e momentos
Impossíveis
Perfeitos como espero
E acredito
Um pouco de
Eternidade
E amor
No infinito.