Se o amor
Enquanto esperavam à chuva
Fosse ministro de algum abrigo
Ou abrigo de algum ministro
A haver governo algures
Em tempo sinistro de encargos
Andaria atrás de um caderno
Perdido
De versos copiosamente amargos
Em seu labirinto construído
De perversos aliados
Tremendo dos artelhos
De medo talvez de frio
Da sua sombra nua
Procurasse o sol
De algum pavio
Quiçá da lua
Em troca de existir
Para se aquecer
Sem cair na rua.