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sábado, 23 de abril de 2022

Lua sobre os destroços eternos

Aquilo a que chamamos realidade

A lua sobre os destroços eternos

Que fumegam

Arrancados das unhas sujas

De ferrugem e pólvora

Das explosões

Que incendeiam a noite

Dos imortais

É veneno que se infiltra

No coração dos inocentes

E obnubila para sempre

Como uma maldição inconcebível

A que não escapará

Nenhum dos seus pensamentos

Por mais lembranças que tenhamos

Dos bons tempos

Em que não conhecíamos os inimigos.