Aquilo a que chamamos realidade
A lua sobre os destroços eternos
Que fumegam
Arrancados das unhas sujas
De ferrugem e pólvora
Das explosões
Que incendeiam a noite
Dos imortais
É veneno que se infiltra
No coração dos inocentes
E obnubila para sempre
Como uma maldição inconcebível
A que não escapará
Nenhum dos seus pensamentos
Por mais lembranças que tenhamos
Dos bons tempos
Em que não conhecíamos os inimigos.