Não saber se desistes da humanidade
Mas do teatro
Não saber se desistes do teatro
Mas da humanidade
Perceber que desistes
De reconhecer o fracasso
Não acreditar
Que haja quem não sabe
Que há noites perpétuas
No pomar das musas de sombra
Onde não rescende a frutos
Não há certezas de nada
Não há como desistir
De vencer os terroristas
Mas é preciso saber
Que se precipitarão
Com todas as suas forças
Os que não resistirem à atracção
Do abismo.