Nesse tempo até as prostitutas diziam
Que gostavam do que faziam
Havia mais sinceridade nas sombras de cortar à faca
Do que arte de viver em palcos desmontáveis
Entre as esquinas e as ruas movimentadas
Havia uma cumplicidade de anjos de bronze
Com pombos vadios
Que só era limpa nas palavras do romântico
Do tempo de as coisas serem como são
De as personagens quererem ser humanas
Sem precisarem de outra razão.