Que fragilidade é essa
Que vês uma foto e
desfaleces
Como se ela disparasse balas
Do tempo em que nada
existia
Ouves uma canção e adoeces
Como se a música fosse um veneno
Só teu
Vês uma mulher e falas
Sozinho
Como se a sombra dela
Te possuísse
Começas a escrever um verso
E antes que enlouqueças
Invocas um exército de razões
Para adormeceres
E perseguires
O rumo dos ladrões
De todo o mistério?
Que liberdade é essa
Que podes fazer
Mas não fazes
queres pensar
E não obedeces
Queres não ter
E tens
Dizer
E não dizes?
Carlos Ricardo Soares