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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sim

Sim
A árvore de que o sonho tem alcance
Espectro do que se alguma vez foi
Real mas intocável será
Corpo de nãos atados
À espera como mãos
Que não recebem cuidados
Nem quando a espera desespera
Sim
Todos os medos infundados
Em troca de uma morte
Que se afronta
E nunca ocorrerá
Sim
Com mais leveza que o ar
A ave se levanta
Aos olhos da fadiga
Do que quer caminhar
A distância entre esse
Como se nada fosse
E o desejo incrível
De voar…