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domingo, 28 de outubro de 2018

O povo

O povo tem um sentido prático que chega a ser espantoso.
O povo só aprecia tragédias na tela da televisão ou do cinema.
E é capaz de trocar tudo o que tem, incluindo a dignidade, por um pouco de paz e de misericórdia.
Para por um povo em armas é preciso que o fim do mundo já tenha acontecido nos arredores,
ou que, num arrebatamento de soberba, sem medo, acredite numa vitória expiatória. 
E, ainda assim, alguém tem que lhe dar as armas e a ordem para se defender, ou atacar.

As coisas não têm de ser


As coisas não têm de ser 
nem têm de ser como são
nem são
entre a vida e a morte
não há
aventuranças
nem há entre a vida e a morte.