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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Quando o critério é o poder, o poder é o limite

O mecanismo de correcção dos erros que tem conduzido a humanidade, de superação em superação, numa clara melhoria das suas condições gerais de vida e de organização social, tem os seus limites. 

À primeira vista, seríamos levados, numa escalada de correcção de erros e de aprimoramento das escolhas, individuais, colectivas, nacionais, estaduais, supraestaduais, globais, a uma situação cada vez melhor, ressalvado o facto irremediável dos males perpetrados e dos erros sofridos. 

No entanto, esta lógica parece deparar com uma realidade, que nunca tinha sido considerada, até que se nos impôs da forma mais brutal: há erros, mentiras e fraudes, alienações, loucuras humanas, ganâncias, megalomanias, ignorâncias e estupidez, que são tão graves e foram tão longe, que não é possível remediar ou corrigir as suas consequências e efeitos. 

A humanidade não tem sido capaz de se autorregular suficientemente. 

Pelo contrário, tem sido empurrada para o abismo por aqueles que se arrogam e autodenominam governantes. Governantes segundo os interesses e as conveniências dos gananciosos e estúpidos que têm exercido todo o tipo de violência sobre o mundo. 

É evidente que o homem, a pessoa humana, nunca foi respeitada, nem tida na consideração devida pela sua natureza, mas apenas em função do seu poder. Mas isto tem sido a chave para a maldição que recorrentemente nos atropela e desbarata a todos. 

Talvez ainda não seja tarde de mais para limitar os poderes daqueles que não respeitam nada nem ninguém que não tenha um poder igual ou superior ao deles.