Bendito o teu olhar
Que fulge
Sobre tudo o que há escrito
Tens um ar
Bendito
Atrevo-me a pensar
Volupto
Mas não o tenho dito
Porque me tremem
Os lábios
Quando te fito
Não posso dizer
Simplesmente
Vem
É o que sinto
O mundo não está preparado
Para a felicidade
Continuarei a pensar
Em marcar um encontro contigo
À entrada do paraíso.
domingo, 5 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
Poema por dizer
Onde houver poema
por dizer
eu vou
cantar
quanto precisamos de perder
até ganhar
sobre as vagas
memórias
do nosso mar navegam
muitas histórias
por contar
quanto precisamos de viver
até parar
a paixão que faz acontecer
e faz sonhar
de quantas partidas
sem regresso
é a saudade
quanto precisamos
de sucesso
p’ra felicidade.
por dizer
eu vou
cantar
quanto precisamos de perder
até ganhar
sobre as vagas
memórias
do nosso mar navegam
muitas histórias
por contar
quanto precisamos de viver
até parar
a paixão que faz acontecer
e faz sonhar
de quantas partidas
sem regresso
é a saudade
quanto precisamos
de sucesso
p’ra felicidade.
sábado, 14 de maio de 2011
É por seres como és
é por seres como és
que te sinto
imensidão
deserto
instinto
tão perto
de um labirinto
aberto
tão certo
que acredito
nos teus olhos
de um escuro infinito.
sábado, 7 de maio de 2011
Amo
Amo o que aprendo
a sentir
sem medo
da noite
cair
do meu ser
para a madrugada
antes de ser
saudade
depois de ser
sonho
de verdade
não existe nas coisas
mas gostava que existisse
íntima
como o teu ventre
florisse.
a sentir
sem medo
da noite
cair
do meu ser
para a madrugada
antes de ser
saudade
depois de ser
sonho
de verdade
não existe nas coisas
mas gostava que existisse
íntima
como o teu ventre
florisse.
sábado, 16 de abril de 2011
Sonhei
Sonhei com jardins proibídos
E o perfume do paraíso
Eras tu
Sonhei que a vida era bela
E eternas as fontes dos sentidos
A cantarem
Nos nossos lábios
De sede
Se beijarem
Sábios
Se calarem
Que éramos mais
Que um episódio da vida
Das personagens
De nós
Mais que o eco
A voz.
Carlos Ricardo Soares
sexta-feira, 25 de março de 2011
Rotina
Já era tarde quando cedi
E joguei
Ao faz de conta da vida
Que conta
Como conta um jogo
Um torneio
Um campeonato
Mas os jogos aprendem-se
A jogar
E quem joga melhor
Tem mais hipóteses
De ganhar
Jogar para perder
Não pode durar muito
E quem muito perde
Fica mais indefeso para
Deixar-se enganar.
segunda-feira, 21 de março de 2011
As coisas não têm de ser como são
A primeira vez que pus música
Onde só havia silêncio
Foi como a primeira vez que
Numa rua sem vivalma
Pus personagens a circular
Para me convencer
De que as coisas não têm de ser
Como são
Mas como nós queremos
Onde havia uma casa fechada
Abri uma confeitaria
E onde havia nada
A entrada
À poesia
A uma mulher que ia
À sua vida
Com duas tempestades
E a mesma escuridão
Nos olhos
Vi relâmpagos divinos
Na noite
De amor
Num deserto
Que nos escutava.
terça-feira, 15 de março de 2011
Na rua do ocaso
Na rua do ocaso é proibido fazer
Marcha atrás
É obrigatório subir ao pináculo
E alcançar o horizonte
Que jaz
Em lutuoso habitáculo
Contornar a ideia de paz
Que a existir poderia ter sido ali
A muralha de melancolias aos pés
Todos os olhos para evitar tropeções
A derrocada vertiginosa do que és
Mas há uma saída
Airosa
À esquina da Travessa
Da memória engrandecida
Pela tua promessa.
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