O poeta declara por sua honra Que não sabe Onde ouvirás sinos de palavra Se nos sulcos de mãos limpas Ou se é pouco ou nada estares Disponível para azares Se não os procurares
Que por envergares traje E barrete napoleónicos Ainda menos figura fazes Do que uma cavalgadura
Que quem espera ser servido Só conhecerá os manjares Do que é requerido
Se o esperar é muito mais Que o desdenhar Incomparável é procurar
Que ao sábio se consinta Invocar cepticismo E que aos demais A ignorância Seja tolerada… … … … … …
Se compreendesses o que eu sinto Quando a imperatriz despe o único manto Que a resguardava da história de amor Que veio a acontecer No maior dos segredos Apenas partilhada com imenso prazer Com os pássaros dos jardins Que a imitavam E propalavam alegremente Em deslumbrantes gorjeios…
Se não me compreendes Não me compreendas Não sei se me compreendes.