Nenhum mar me pertence
Da água saciedades
Nada mais recolho
Do pavimento
Da rua
Da rua
Às praias
Dos olhos
Dos olhos
Nenhuma estrela
Circum-navega
A cidade
A cidade
Flutuante memória
Tocada pelos ventos
Esta calma
Tem a largura da claridade
Que eu sequer soube
Pedir
A Deus
Verdade seja
A árvore
Não me pertence
O não pertencer também é
Verdade
Verdade
Que cresce e o ar agita
Pelo menos um pouco
Do que parece
É
Um pouco do que desejamos
Que fosse
Acontece.
2 comentários:
Caro Carlos soares
A esta profusão tão delicada de poesia, parece-me que tudo o mais que se diga estraga este sublime sentimento. Parabéns.
Um Xi.
"Waterfall
Nothing can harm me at all
My worries seem so very small
With my waterfall
I can see
My rainbow calling me
Through the misty breeze"
Enquanto leio suas poesias, essa poesia invadiu o meu espírito.
Deve haver uma ligação, entre o não pertencer como sendo verdade, e o pouco que desejamos acontencendo. Paz. Abraços.
Enviar um comentário