O poeta declara por sua honra
Que não sabe
Onde ouvirás sinos de palavra
Se nos sulcos de mãos limpas
Ou se é pouco ou nada estares
Disponível para azares
Se não os procurares
Que por envergares traje
E barrete napoleónicos
Ainda menos figura fazes
Do que uma cavalgadura
Que quem espera ser servido
Só conhecerá os manjares
Do que é requerido
Se o esperar é muito mais
Que o desdenhar
Incomparável é procurar
Que ao sábio se consinta
Invocar cepticismo
E que aos demais
A ignorância
Seja tolerada…
… … … … …
5 comentários:
Carlos
Bom dia
Uma bela poesia para ser lida nessa manhã de sábado.
Um abraço
Uma forma inextinguível, ao contrário senso, de fazer uma declaração de amor à busca do conhecimento. A felicidade está ali, não nele propriamente dito. Algumas imagens são gloriosas como o sino de palavra ou o sulco de mãos limpas. A capacidade de encontrar os sons musicais, combinado com elas me extasiou. Você pode dizer que nem tudo que tem forma se extinguirá. Abraços, meu amigo.
Suas poesias sao sempre lindas!
Abs,
Carlos,
Que sejam os ares os nossos malabares...de onde haverá sempre o canto audível ao coração do poeta. Beijos
Carlos
Por isso a poesia. Ela, essa é em si o que se propõe.
Bravamente apontar para o desejo de fazer com suas própria ideias e mãos seu próprio sustento sem desejar alguém como "capacho, trampolim, comandado".
Beijos poeta
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