No ponto mais setentrional das névoas perpétuas
No informe aglomerado de construções à chuva
Uma placa diz cidade e começam as galerias
De uma tarde na adega tonel
Que vai desembocar nesta folha de papel
E deparar sem saída com a porca
Das sete mamas de um cardápio virtual
Suspenso dos chifres de um bicho
De sete cabeças em espiral
Drapejando ruidosamente.
1 comentário:
"A cidade nos deixa elevar a cabeça/
e pensar, mas sabendo que após baixaremos."/
Cesare Pavese
A poesia, formadas de palavras densas com a própria cidade, apontando para as sete mamas. Um bloco poético. Diferente das linhas suaves habituais.
Como se esperássemos que os dados nos dessem também esse número surpreendente: o sete.
Mas, as cabeças drapejam ruidosamente.
Outro poeta disse que o mundo terminaria num suspiro, acrescento, num drapejo. Grande abraço.
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