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sábado, 6 de março de 2010

Não sei se me perdi

Não sei se me perdi
Em devaneios

Não sei se me perdi
Em realidades

Não sei se me perdi
Por não ter meios

Ou se me distraí
Com as vaidades

Não sei se me perdi
Por ter receios

Não sei se me perdi
Por ter coragem

Não sei se me perdi
Em mil enleios

Ou se me confundi
Com uma imagem

Não sei se me perdi
Se me encontrei

Não sei o que perdi
Ou que ganhei

Só sei que resisti
Que acreditei

E sei quanto senti
Felicidade

Não sei se me perdi
Se estou perdido

Não sei se me perdi
E é verdade

Não sei se me esqueci
De ter vivido

Mas sei que já morri
Por ter saudade.

3 comentários:

OLHAR CIDADÃO disse...

Carlos

Bom dia

Lindíssimos versos,um presente para esse domingo.

Um abraço

Nothingandall disse...

Eu sei que me perdi por tudo isso e por tudo isso me encontro. Um belo poema sobre a perplexidade do que fomos e somos! Uma boa semana

Unknown disse...

Uma voz forte da melancolia, ousarei chamá-la, lusitana. Dos sentimentos que me assaltam ao ler os patrícios do outro lado da praia. Grave e bela.
Utilizando suas próprias pegadas para ilustrar o caminho de todos nós, ou quase todos. Abraços.