Distingue-se o doce do amargo
Sem subtil virtude
Sem febril verdade
Nestes rios e nestes mares
Sem calma
A pomba do dilúvio
É o falcão
Da liberdade
Sem esconder os apetites
A paixão
Sai ao caminho
A solidão
À companhia dos pensamentos
Prefere a das folhas ao vento
A do dia aos olhos
A dos ouvidos à noite
Ao sabido
O que não sabe.
2 comentários:
Bom dia Carlos,
Seus poemas são cheios de metáforas... poéticas! Amei esta: "A pomba do dilúvio/ é o falcão/da liberdade"
Um grande abraço,
Luísa
"Estava quase a desistir quando me lembrei do menino montado no cavalo do vento - que lera em Shakespeare."
A imagem das folhas ao vento é difícil de esquecer, a folha dá a forma do vento, torna-o material.
Não bastasse aquela beleza, outra veio a se ajuntar a do apetite. Agora tem forma e tem caráter e liberdade. Pois bem.
Estava quase a desistir de comentar, como disse Manoel de Barros; quando consegui. Um abraço fraterno ao poeta e amigo.
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