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domingo, 12 de julho de 2009

Não é justo

Não é justo que eu sonhe
justo é que maldiga
Não é justo que eu ria
Justo é que chore
Não é justo que eu cante
Justo é que deplore
Não é justa a alegria
Justa é a amargura
Não é justo que eu ganhe
Justo é que perca
Mas eu não sou de justiças
Sou de sonhos
E de risos
E canto como um doido
Com alegria de quem não tem culpa
E ganho mil vezes menos do que perco
E darei cabo dos filhos da puta
Que sejam a causa da minha agonia
Dar-lhes-ei batalha justa
Com raiva justa
Sem alegria.

3 comentários:

Anónimo disse...

CArlos

Sempre em versos Profundos exploras a verdade...sonhar ou ser justo.
A justiça ainda é sonho.

bjs.

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Olá Carlos
Em belos versos faça-se justiça!
Com sonhos e risos também fazemos jus ao que faz bem.
Um abraço,

Unknown disse...

A poesia é um instante de iluminação, uma luz fugaz num canto escuro, onde não há justiça, jamais haverá. O riso foi muitíssimo bem cantado. Quando a dar cabo, isto é um trabalho digno daquelas velhas estrebarias. Mas poetando fica melhor. Um grande abraço.