quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Vejam como o tempo passa
De alguma janela
Se avista
Algum lugar perdido
Para sempre
O olhar
Se escusa
Ferido
Com o tempo
Se fecha
O tempo
Quanto mais não seja
Passa
Não passa?
Não o vejo!
sábado, 7 de dezembro de 2013
Sei
Sei o imenso sol laranja
Seio que roça a minha face
Aos poentes fatais
Me engano eu
Que nada mais
Me engana
O brilho dos teus olhos doces
O fogo entre nós
Funde-nos como se fosses
A boca da minha voz
Sei os
Teus seios
Na paisagem desfocada
Das respostas difíceis
Às interrogações da luz
Mas não sei o peso
Das palavras que digo
Depois de ser salvo
Por esse silêncio
Desconhecido.
Seio que roça a minha face
Aos poentes fatais
Me engano eu
Que nada mais
Me engana
O brilho dos teus olhos doces
O fogo entre nós
Funde-nos como se fosses
A boca da minha voz
Sei os
Teus seios
Na paisagem desfocada
Das respostas difíceis
Às interrogações da luz
Mas não sei o peso
Das palavras que digo
Depois de ser salvo
Por esse silêncio
Desconhecido.
sábado, 30 de novembro de 2013
Nem tudo pode ser dito por palavras
Nem tudo pode ser dito por palavras
quando os teus olhos partem
o meu coração
para dizer-te quanto me agradas
bastasse um poema
bastasse esta canção
de amor
paixão
mas o silêncio às vezes diz
melhor
melhor
aquilo que nos vai na alma
nem tudo pode ser dito por palavras
quando o sentimento é mais
que uma ilusão
para dizer-te adeus
tropeço
tropeço
nas palavras
e espero que me dês a mão
meu amor
meu amor
não estou a dizer nada que não soubesses
posso dar-te tudo o que mereces.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Convite
Aceito o teu convite para ir a tua casa
Tomar café
Mas como estarás vestida?
E não aparecerá ninguém
(a cantar numa voz de ópera?)
Já te vi subir o pano
Como o suave sol de Maio
Sobe a colina
Faz-me ver grandes nuvens brancas
E temer adormecer
Sem o desejar.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Poema de aventura interminável
A vida pode não ser
aventura
do vivente
pode não ser
aventura de quem a vê
é sempre
de quem a pensa
fio de uma história
não tem fim
é sempre
o princípio de outra
não tem glória
nem triunfo
quem morre
quem vive
tem memória
e desejo
ilusões
que fazemos
ou não
verdadeiras questões.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Julgar o passado
Julgar é acto
de consciência para julgar
com acerto não basta ciência
é preciso mais do que tudo
ter juízo
cada cabeça sua sentença
mas o que importa
não é a sentença
é a justiça em causa própria
ninguém é juiz
se fazemos juízos
acerca do que fizemos
melhor faríamos
acerca do que não fizemos.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Cravos não são rosas
Cravos
não são rosas
cravados
crucificam
causam
dores
causam
dores
não são
flores
flores
descravar cravos
liberta de dores
cravos flores
não cravam
nem descravam
não são verrugas
e cheiram
a liberdade
a quem a não tem.
sábado, 20 de abril de 2013
Tudo desaparece
Tudo desaparece
E eu
No escuro
Com as minhas fantasias
Que não são memórias
Que memórias tenho poucas
De alguma luz
E pensamentos muitos
No meu barco a flutuar
Sem que o possa parar
Sem um destino
Ou se o tiver
Não é meu
Nem sei
Que o meu destino
Se o souber
É que
Tudo desaparece
E eu
Sou
O que acontece
À escala
Minha e do barco em que vou
Que flutua mas não acorda
Nem adormece.
E eu
No escuro
Com as minhas fantasias
Que não são memórias
Que memórias tenho poucas
De alguma luz
E pensamentos muitos
No meu barco a flutuar
Sem que o possa parar
Sem um destino
Ou se o tiver
Não é meu
Nem sei
Que o meu destino
Se o souber
É que
Tudo desaparece
E eu
Sou
O que acontece
À escala
Minha e do barco em que vou
Que flutua mas não acorda
Nem adormece.
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