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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Nós hoje

Órfãos de alguma espécie de apostolado
Estamos cercados
De falas

Como é difícil ao espectro
ficar calado!
Como é difícil ao espectro
Dizeres que o calas!

Como é difícil ao dinheiro
Não o gastar
A um poluente
Não o usar
Não ter uma sombra
E monologar
A campo aberto
Merdar!

Como é difícil estar certo
Não querer
Moeda falsa
Para poder
Ofertar!

Trabalhar cansa
E não acaba!

Se a vida não se vence
Para quê lutar?

Dai-me a luxúria
Sem corpo
Da ideia
Vazia
Ou o eco
Dos limites.

2 comentários:

antes blog do que nunca! disse...

Amigo Carlos,

Aqui entregas palavras que são filhas de reflexão plena...se é que conseguimos chegar a alguma conclusão quando meditamos...em princípio sim!

Umas vezes aliviamos o coração...outras apertamo-lo ainda mais.

Quem dera ás vezes não pensarmos nada...mas sem isso nada seríamos...

Belíssimo enredo poético.

1 Bj*
Luísa

Pedro Du Bois disse...

"...o eco dos limites".
Caríssimo Carlos,
antes que seja tarde, o silêncio é o engodo em que nos situamos: o eco, sim, nos repete até o limite do espaço.
e com certeza seus textos nos alimentam.
mesmo que em silêncio, ou através dele.
abraços e obrigado,
Pedro