Há pausas e momentos
Que te sinto
Tão perto que te abraço
E tu não estás
E ainda assim
Imagino como é doce
O sorriso
E os beijos
Que és capaz
Há pausas e momentos
Que te sinto
Tão longe mas tão certo
Que virás
Que canto e danço
E brinco
Como imagino
Que serás
Há pausas e momentos
Que me sabem
À mínima distância
Entre nós
Ir além de ti
O que separa
Nem tempo tem
Para o conseguir
Há pausas e momentos
Que me sabes
Mais quente
Que a promessa
Que farás
Mais presente de futuro
Se a razão do tempo
Tanto faz
Há pausas e momentos
Cruciais
Causa(dores) do universo
Em expansão
De tão plenos
Da falta que me fazes
Senão de ser humana
Esta paixão
Há pausas e momentos
Tão profundos
Fechados em abismos
Tão carnais
Que a alma
Em ânsias de refúgio
Ecoa juramentos
Imorais
Há pausas e momentos
Que contemplo
À sombra das aves
Que passarem
Sem eco
A solidão
Dos sonhos
Me abandonarem
Há pausas e momentos
De dizer
Os movimentos de asas
E de mar
O sono da ave
Rente às ondas
Que não chega
A despertar
Há pausas e momentos
Impossíveis
Perfeitos como espero
E acredito
Um pouco de
Eternidade
E amor
No infinito.
3 comentários:
Um interlúdio entre o metafísico e o humano. Há momentos em que o canto é tão presente quanto ...o que se quer. Parabéns Ricardo.
Abraços.
Ricardo,bonito,imaginado,real.Como a vida, como nossos sonhos, como nossas histórias!
Muito bom!!
Angélica
O momento de devaneio, nos faz acreditar que a felicidade é verdadeira apenas nos sonhos, nas pausas e nos momentos. Uma beleza. Solitária, melancólica, saudosa. Plena. Grande abraço, meu amigo poeta.
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