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sábado, 24 de outubro de 2009

Sei

Sei o imenso sol laranja
Seio que roça a minha face
Aos poentes fatais

Me engano eu
Que nada mais
Me engana

O brilho dos teus olhos doces
O fogo entre nós
Funde-nos como se fosses
A boca da minha voz

Sei os
Teus seios
Na paisagem desfocada
Das respostas difíceis
Às interrogações da luz

Mas não sei o peso
Das palavras que digo
Depois de ser salvo
Por esse silêncio
Desconhecido.

5 comentários:

OLHAR CIDADÃO disse...

Carlos

Boa tarde

Disse uma vez, e repito agora, é na simplicidade da sua poesia, no encontro natural das palavras que vejo toda a beleza que ela encerra.

Um abraço

Luísa Nogueira disse...

Amigo poeta, estamos debatendo sobre as bromélias e gostaríamos muito de saber sua opinião.
Grande abraço,
Luísa

Vanda Paz disse...

Muito bonito este poema

Beijo

João Esteves disse...

Gostei de após longa ausência (explicável por minhas pericpécias de pequeno interesse) ter encontrado hoje esse poema "Sei". Fala do que seu eu lírico sabe e igualmente do que ele não sabe, ou o peso das próprias palavras. Assim é sempre, suponho. O silêncio é salvador, concordo irrestritamente e silencio agora também.
Forte abraço

Unknown disse...

"Sei os teus seios.
Sei-os de cor."

Fui remetido pela sua poesia para estes versos encontrados na rede de pesca digital; remetido também para a brincadeira da minha infância sobre os dotes de virtude de u'a mulher. Sabes quais são? Sei-os. Sei-os de cor. Alegre lembrança.
E contrasta com a terna tristeza e sublime dúvida do eterno apaixonado, pois inseguro.
Grande abraço, meu amigo. Renovo meus parabéns, e aceita a brincadeira como um elogio, por favor.